Numa tarde mormacenta, três jovens, sem perspectivas e sem conversa, deixavam-se ficar inertes no banco da praça de sua cidade natal. O tempo passava muito lento para quem nada tem a fazer. De repente, falou o mais jovem:
- Não dá mais para permanecer aqui. Vamos para a estrada tentar novos horizontes!
Todos concordaram e saíram na manhã seguinte, em momentos diferentes.
O primeiro, depois de algum tempo de caminhada, sob sol escaldante, divisou uma árvore, descansou à sua sombra, saboreou alguns frutos e prosseguiu viagem.
O segundo procedeu como seu colega, descansou, colheu frutos, mas como era marceneiro, imaginou: esse tronco de árvore daria um belo móvel e um bom dinheiro, e foi à procura de um machado.
O terceiro, mais jovem, diante da árvore, maravilhou-se com a sua beleza e seus frutos saborosos, e percebeu sua raridade naquela região. Jamais alguém imaginou que ela vingasse naquelas terras. Pensou: está aí uma oportunidade de negócio. Colheu as frutas, parte delas transformou-as em sementes e o resto vendeu a uma feira. Como eram muito apreciadas, rendeu uma boa quantia que, acrescida às suas economias, permitiu que iniciasse o plantio para comercialização futura. Iniciou, assim, uma vitoriosa carreira de produtor agrícola.
Do livro: Visão e Parábolas - Francisco Gomes de Matos
Editora Campus (livro esgotado na Editora)