Numa manhã de suas férias, o menino brincava no córrego da fazenda de seu avô, quando avistou uma pedra diferente. Pegou a pedra e se surpreendeu ao perceber que era um animalzinho, uma tartaruga.
O menino nunca tinha visto uma tartaruga. Colocou o bichinho no chão. Ela, assustada, encolheu-se toda. Colocou sua cabeça na carapaça e ficou inerte.
O menino não se conformava! Começou a mexer no animalzinho cutucando-o, batendo em seu casco.
O avô, que procurava o menino para o almoço, avistou a cena e chamou a atenção do neto:
- Não maltratamos os bichos aqui na fazenda! Pare já com isso!
- Não estava maltratando – resmungou o menino – só quero que ela coloque a cabeça para fora.
- Ah, é isso? Mas assim, ela nunca vai colocar a cabeça para fora!
Apanhou o animal e o levou para um lugar que tinha sol e ficaram bem quietinhos observando.
O sol ardia, ardia... E quando ficou bastante quente, a tartaruga colocou a cabeça para fora!
Viu, meu filho? Não precisamos de violência para conseguir nossos objetivos. Foi o calor do sol que a venceu.
O menino ouvia o avô atentamente:
- Temos muito em comum com as tartarugas. Principalmente, vocês, as crianças. É preciso lidar com jeito, paciência.
O calor das nossas palavras, das nossas ações deve aquecer o coração das pessoas e fazê-las agir, como aconteceu com a tartaruga, mostrando-se para os outros.