O coelhinho era um trabalhador pobre e honesto. Como todos os coelhos, era louco por cenouras. Um dia, teve uma idéia brilhante:
- É muito simples, amigos. Vou deixar meu atual emprego e vou cultivar cenouras nas terras de minha avó.
Dito e feito. Tudo saiu como ele havia planejado. As cenouras foram crescendo com toda normalidade. Uma porém, começou a diferenciar-se das outras pela sua cor e pelas suas dimensões. Crescia três vezes mais rapidamente que as demais!
Quando o coelhinho fez a colheita, decidiu oferecer essa enorme cenoura ao rei. Acreditava que o seu soberano saberia compreender o seu gesto.
De fato, o rei de Campolândia sentiu-se muito agradecido ao receber como presente tão estupenda amostra da riqueza de sua terra. Conhecendo a pobreza e o bom caráter do coelhinho, ofereceu-lhe uma grande soma em dinheiro.
O lobo, invejoso e preguiçoso, pensou em tirar proveito da bondade real.
- Se ofereço dez ao rei, ele me devolverá cem, pensou ele, muito ganancioso.
Azar o dele. O rei adivinhou suas intenções! Ao receber as valiosas jóias enviadas pelo lobo, ofereceu a ele a bela cenoura cultivada pelo coelhinho! Que merecida lição levou o avarento lobo!