Tom e Mizifu trabalhavam como detetives na mesma cidade. Mas eram tão diferentes no seu modo de fazer as coisas! Enquanto o gato Mizifu apanhava os ladrões com atos violentos e os prendia a cacetadas e sem deixá-los falar, o cão Tom detinha os finórios com toda delicadeza e perguntava-lhes por que é que roubavam.
Muitos roubavam porque não tinham trabalho, ou porque sua família já estava quase morrendo de fome. Então Tom, muito compreensivo, ajudava-os, com a condição de que não voltassem a reincidir em seus delitos.
Resultado: a prisão de Mizifu estava sempre cheia de ladrões. Muitos, depois de cumprirem sua pena, voltavam a cometer os mesmos delitos, e por isso, voltavam a ser apanhados pelo violento gato, retornando várias vezes à prisão. A prisão de Tom, pelo contrário, estava quase completamente vazia e era raro o ladrão apanhado por ele que voltasse a roubar, esquecendo-se de sua promessa.
A violência e a teimosia não têm valor algum. As coisas sempre acontecem por alguma razão; e se não tratarmos as causas, de nada adianta castigarmos as consequências.