Um hipopótamo vivia em plena selva, junto a um rio caudaloso, com toda a sua família. Era um simples adolescente e tinha de ir à escola como os outros hipopótamos da sua idade. O professor costumava mandar deveres para fazer em casa. Ele detestava isso, mas a mãe lhe disse:
- Meu filho, sei que você tem muitas horas de aulas e que em casa deveria ter tempo para brincar com seus amigos. Mas estudar é importante e as coisas da escola são assim. Enquanto lá estiver, terá de cumprir as regras que lá vigoram.
Ele não se convenceu e respondeu para a mãe, um pouco carrancudo:
- Está bem, mamãe. Se você insiste... começo a fazer os deveres daqui a pouco.
Mas os dias se passavam sem que o hipopótamo fizesse os deveres. Naturalmente, ele tinha de ir para a cama mais cedo do que os demais, porque no dia seguinte precisava levantar-se mais cedo, para tentar fazer pelo menos uma parte dos deveres escolares.
Só conseguia era encher os cadernos com garranchos. Deixava os deveres para depois e, quando os fazia, escrevia coisas sem sentido. Ao final de cada bimestre, o boletim estava cada vez pior.
Não houve maneira de convencer o hipopótamo da necessidade de estudar e de fazer os deveres. Ele, é claro, perdeu o ano e teve de repeti-lo.
Talvez os deveres escolares não sejam do agrado dos estudantes, mas são sempre necessários para o seu aprendizado.