Era uma vez um gatinho que gostava muito de sardinhas, mas raramente encontrava alguma. Um dia, chegou a um mercado ambulante, onde muitos vendedores ofereciam suas mercadorias ao público que passava por ali. Reparou em um homem que vendia peixe e viu uma caixa cheia de sardinhas bem ao seu alcance. Transtornado pela fome, começou a vigiar, e, num momento de distração do vendedor, saltou com grande agilidade sobre o balcão e arrebatou uma bela sardinha que se achava exposta. O homem, enfurecido, desatou a correr atrás do gato. Mas ele velozmente atravessou um campo aberto e só foi parar quando chegou às margens de um arroio, que corria lentamente entre a pastagem. Em suas límpidas águas, o gato viu algo que o encheu de inveja: outro gato parecia estar perto dele, levando na boca uma sardinha maior que a sua. Como era possível? Não podia admitir!
Sem pensar um só momento, o gato atirou-se à agua, tentando arrebatar ao outro a suculenta sardinha. Logo compreendeu que não existia outro gato, nem outra sardinha. Na realidade, havia contemplado a própria imagem, deformada e ampliada, refletida na água. Teve que empregar todas as suas forças para sair da água são e salvo. A sardinha, porém, havia desaparecido no fundo do riacho.
Aprendeu uma amarga lição: em vez de contentar-se com a sardinha que tinha obtido, deixou-se levar pela ambição e pela gula.
Amiguinho, você deve pensar no conteúdo desta história, para que não cometa erros como este.