O raposinho, que era filho de um casal muito rico, ia estrear seu carro novo. Era um modelo esporte deslumbrante. Devia ter custado muito dinheiro. O mocinho rico gostava muito de desfilar seu carro novo para cima e para baixo.
Queria que todos vissem bem e que percebessem o quanto ele era rico. No entanto, raposinho era um motorista imprudente. Nunca respeitava os sinais de trânsito; ultrapassava nas curvas; andava em velocidade maior do que a permitida; enfim, representava um sério risco para os outros motoristas, a ponto de vários deles terem tido acidentes por sua culpa.
O raposinho não ligava para nada disto. Embora fosse frequentemente multado, ele não perdia o sono por isso e continuava na mesma. O pai que pagasse as suas multas!
Um dia, raposinho teve o que merecia. Viu uma raposinha muito bonita exatamente no momento em que ia atravessar um cruzamento e começou a assobiar para ela, sem olhar para o que tinha pela frente. O raposinho perdeu o controle do carro, e foi bater violentamente contra uma árvore. Ele não saiu muito ferido, mas o carro ficou completamente destruído.
- Não posso comprar-lhe outro carro, meu filho. Você já demonstrou que não tem responsabilidade, e passou a ser um perigo público. Espero que aprenda a lição, disse o pai, encolerizado.
Desta forma, o pai tentava fazer com que o raposinho compreendesse que, neste mundo, não podemos fazer tudo o que bem entendemos. A vida e a saúde dos outros também merecem nossa consideração.