Era uma vez uma abelha que não gostava de trabalhar. Colhia o néctar das flores e, em vez de conservá-lo para mais tarde transformá-lo em mel, comia tudo imediatamente.
As suas companheiras, fartas de vê-la sem ocupação, fizeram-lhe uma advertência: ou mudava de atitude ou seria expulsa da colmeia.
Mas foi inútil. A abelha preguiçosa continuava fiel à sua rotina e não tardou muito a ser expulsa da colmeia. Era uma noite chuvosa e a abelha, que tinha as asas molhadas, não conseguia voar.
Acabou por cair num buraco de uma árvore, exatamente onde se encontrava abrigada uma grande cobra. A serpente já estava disposta a comê-la, mas a abelha, num momento de inspiração, propôs-lhe um jogo de habilidade. Se ela ganhasse, podia partir em liberdade; se perdesse, seria devorada. A cobra aceitou e a abelha ganhou o jogo sem dificuldade. A sua adversária, com grande honestidade, deixou-a ir em paz.
Depois de tão terrível experiência, a abelha percebeu o quanto era segura a sua colmeia. Resolveu voltar, disposta a trabalhar com as suas companheiras.